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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA

AUTISMO: SINTOMAS, TRATAMENTOS E CAUSAS.

Revisado por Dra. Evelyn Vinocur PSIQUIATRIA - CRM 303514/RJ

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/autismo

 

SINÔNIMOS: TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

 

O QUE É AUTISMO?

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que geralmente aparece nos três primeiros anos de vida e compromete as habilidades de comunicação e interação social.

Em maio de 2013 foi lançada a quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), que trouxe algumas mudanças importantes, entre elas novos diagnósticos e alterações de nomes de doenças e condições que já existiam.

Nesse manual, o autismo, assim como a Síndrome de Asperger, foi incorporado a um novo termo médico e englobador, chamado de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Com essa nova definição, a Síndrome de Asperger passa a ser considerada, portanto, uma forma mais branda de autismo. Dessa forma, os pacientes são diagnosticados apenas em graus de comprometimentos, dessa forma o diagnóstico fica mais completo.

O Transtorno do Espectro Autista é definido pela presença de “Déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos, atualmente ou por história prévia”, de acordo com o DSM-V.

 

CAUSAS

As causas do autismo ainda são desconhecidas, mas a pesquisa na área é cada vez mais intensa. Provavelmente, há uma combinação de fatores que levam ao autismo. Sabe-se que a genética e agente externa desempenham um papel chave nas causas do transtorno.

De qualquer maneira, muitos genes parecem estar envolvidos nas causas do autismo. Alguns tornam as crianças mais suscetíveis ao transtorno, outros afetam o desenvolvimento do cérebro e a comunicação entre os neurônios. Outros, ainda, determinam a gravidade dos sintomas.

Quanto aos fatores externos que possam contribuir para o surgimento do transtorno estão na poluição do ar, complicações durante a gravidez, infecções causadas por vírus, alterações no trato digestório, contaminação por mercúrio e sensibilidade a vacinas.

 

AUTISMO E VACINAS

E por falar nelas, ainda se acredita muito que algumas vacinas possam causar autismo em crianças. Os pais podem pedir ao médico ou enfermeira que esperem ou até mesmo recusem a aplicação da vacina. No entanto, é importante pensar também nos riscos de não vacinar a criança.

Algumas pessoas acreditam que uma pequena quantidade de mercúrio (chamada de timerosal), que é um conservante comum em vacinas multidose, causa autismo ou TDAH. No entanto, as pesquisas NÃO indicam que esse risco seja verdadeiro.

A American Academy of Pediatrics e The Institute of Medicine dos EUA concordam que nenhuma vacina ou componente dela é responsável pelo número de crianças que atualmente são diagnosticadas com autismo. Eles concluíram que os benefícios das vacinas são maiores do que os riscos.

Todas as vacinas de rotina da infância estão disponíveis em formas de dose única em que não foi adicionado mercúrio.

 

QUANTAS CRIANÇAS TÊM AUTISMO?

O número exato de crianças com autismo é desconhecido. Um relatório publicado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA sugere que o autismo e seus distúrbios relacionados são muito mais comuns do que se imagina. Não está claro se isso se deve a um aumento na taxa da doença ou à maior capacidade de diagnóstico do problema.

O autismo afeta 4 (quatro) a 5 (cinco) vezes mais meninos do que meninas. Renda familiar, educação e estilo de vida parecem não influenciar no risco de autismo.

Alguns médicos acreditam que a maior incidência de autismo se deve a novas definições do transtorno. O termo "autismo" agora inclui um espectro mais amplo de crianças.

Por exemplo, hoje em dia, uma criança diagnosticada com autismo altamente funcional poderia ser simplesmente considerada tímida ou com dificuldade de aprendizado há 30 anos.

 

SINTOMAS DE AUTISMO

A maioria dos pais de crianças com autismo suspeita que algo está errado antes de a criança completar 18 meses de idade e busca ajuda antes que ela atinja 2 anos.

As crianças com autismo normalmente têm dificuldade em:

· Brincar de faz de conta.

· Interações sociais.

· Comunicação verbal e não verbal.

 

Algumas crianças com autismo parecem normais antes de um ou dois anos, mas de repente "regridem" e perdem as habilidades linguísticas ou sociais que adquiriram anteriormente. Esse tipo de autismo é chamado de autismo regressivo.

 

Uma pessoa com autismo pode:

· Ter visão, audição, tato, olfato ou paladar excessivamente sensíveis (por exemplo, eles podem se recusar a usar roupas "que dão coceira" e ficam angustiados se são forçados a usá-las).

· Ter uma alteração emocional anormal quando há alguma mudança na rotina.

· Fazer movimentos corporais repetitivos.

· Demonstrar apego anormal aos objetos.

 

Os problemas de comunicação no autismo podem incluir:

· Não poder iniciar ou manter uma conversa social.

· Comunicar-se com gestos em vez de palavras.

· Desenvolver a linguagem lentamente ou não desenvolvê-la.

· Não ajustar a visão para olhar para os objetos que as outras pessoas estão olhando.

· Não se referir a si mesmo de forma correta (por exemplo, dizer "você quer água" quando a criança quer dizer "eu quero água").

· Não apontar para chamar a atenção das pessoas para objetos (acontece nos primeiros 14 meses de vida).

· Repetir palavras ou trechos memorizados, como comerciais.

· Usar rimas sem sentido.

 

Existem diversos sintomas que podem indicar autismo, e nem sempre a criança apresentará todos eles. Entre os grupos de sintomas que podem afetar uma pessoa com autismo estão:

 

INTERAÇÃO SOCIAL

· Não faz amigos.

· Não participa de jogos interativos.

· É retraído.

· Pode não responder a contato visual e sorrisos ou evitar o contato visual.

· Pode tratar as pessoas como se fossem objetos.

· Prefere ficar sozinho, em vez de acompanhado.

· Mostra falta de empatia.

· Falta de empatia

 

RESPOSTA A INFORMAÇÕES SENSORIAIS

· Pode ou não se assustar com sons altos.

 

Quais comportamentos em específicos levaram você a procurar ajuda médica para seu filho?

· Quando os primeiros sintomas começaram?

· Esses comportamentos atípicos são frequentes ou ocasionais?

· Quais os hábitos favoritos de seu filho?

· Seu filho interage com familiares e outras crianças?

· Sua família tem histórico de autismo ou algum outro transtorno cerebral?

 

DIAGNÓSTICO DE AUTISMO

O médico procurará por sinais de atraso no desenvolvimento da criança. Se observados os principais sintomas do autismo, ele encaminhará a criança em questão para um especialista, que poderá fazer um diagnóstico mais exato e preciso. Geralmente, ele é feito antes dos três anos de idade, já que os sinais do transtorno costumam aparecer cedo.

Para realizar o diagnóstico, o médico utiliza o critério do Manual de Diagnóstica e Estatística de Transtornos Mentais (DSM-V), da Associação Americana de Psiquiatria. Segundo ele, a criança poderá ser diagnosticada com autismo se apresentar pelo menos seis dos sintomas clássicos do transtorno.

 

EXAMES

 

Todas as crianças devem fazer exames de desenvolvimento de rotina com o pediatra. Podem ser necessários mais testes se o médico ou os pais estiverem preocupados. Para autismo, isso deve ser feito principalmente se uma criança não atingir marcos de linguagem.

Essas crianças poderão fazer uma avaliação auditiva e teste de triagem para autismo, como a lista de verificação de autismo em crianças (CHAT) ou o questionário para triagem de autismo.

Um médico experiente no diagnóstico e tratamento de autismo normalmente é necessário para fazer o diagnóstico. Como não há testes biológicos para o autismo, o diagnóstico muitas vezes será feito com base em critérios muito específicos.

Uma avaliação de autismo normalmente inclui um exame físico e neurológico completo. Pode incluir também alguma ferramenta de exame específica, como:

· Entrevista diagnóstica para autismo revisada (ADIR)

· Programa de observação diagnóstica do autismo (ADOS)

· Escala de classificação do autismo em crianças (CARS)

· Escala de classificação do autismo de Gilliam

· Teste de triagem para transtornos invasivos do desenvolvimento.

 

As crianças com autismo ou suspeita de autismo normalmente passarão por testes genéticos em busca de anomalias nos cromossomos.

O autismo inclui um amplo espectro de sintomas. Portanto, uma avaliação única e rápida não pode indicar as reais habilidades da criança. O ideal é que uma equipe de diferentes especialistas avalie a criança com suspeita de autismo. Eles podem avaliar: comunicação, linguagem, habilidades motoras, fala, êxito escolar e habilidades de pensamento.

 

CONVIVENDO/ PROGNÓSTICO

O autismo continua sendo um distúrbio difícil para as crianças e suas famílias, mas a perspectiva atual é muito melhor do que na geração passada. Naquela época, a maioria das pessoas com autismo era internada em instituições.

Hoje, com o tratamento correto, muitos dos sintomas do autismo podem melhorar, mesmo que algumas pessoas permaneçam com alguns sintomas durante toda a vida. A maioria das pessoas com autismo consegue viver com suas famílias ou na sociedade.

A perspectiva depende da gravidade do autismo e do nível de tratamento que a pessoa recebe.

Procurar ajuda de outras famílias que tenham parentes com autismo e por profissionais que deem o suporte necessário aos parentes também é uma alternativa interessante.

Associação dos Pais e Amigos dos Autistas de Parauapebas - PA

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Parauapebas, Pará, Brasil

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